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quinta-feira, 21 de julho de 2016

GĂȘnesis 27


1 E aconteceu que, como Isaque envelheceu, e os seus olhos se escureceram, de maneira que nĂŁo podia ver, chamou a EsaĂș, seu filho mais velho, e disse-lhe: Meu filho. E ele lhe disse: Eis-me aqui.
2 E ele disse: Eis que jĂĄ agora estou velho, e nĂŁo sei o dia da minha morte;
3 Agora, pois, toma as tuas armas, a tua aljava e o teu arco, e sai ao campo, e apanha para mim alguma caça.
4 E faze-me um guisado saboroso, como eu gosto, e traze-mo, para que eu coma; para que minha alma te abençoe, antes que morra.
5 E Rebeca escutou quando Isaque falava ao seu filho EsaĂș. E foi EsaĂș ao campo para apanhar a caça que havia de trazer.
6 EntĂŁo falou Rebeca a JacĂł seu filho, dizendo: Eis que tenho ouvido o teu pai que falava com EsaĂș teu irmĂŁo, dizendo:
7 Traze-me caça, e faze-me um guisado saboroso, para que eu coma, e te abençoe diante da face do Senhor, antes da minha morte.
8 Agora, pois, filho meu, ouve a minha voz naquilo que eu te mando:
9 Vai agora ao rebanho, e traze-me de lĂĄ dois bons cabritos, e eu farei deles um guisado saboroso para teu pai, como ele gosta;
10 E levĂĄ-lo-ĂĄs a teu pai, para que o coma; para que te abençoe antes da sua morte.
11 EntĂŁo disse JacĂł a Rebeca, sua mĂŁe: Eis que EsaĂș meu irmĂŁo Ă© homem cabeludo, e eu homem liso;
12 Porventura me apalparĂĄ o meu pai, e serei aos seus olhos como enganador; assim trarei eu sobre mim maldição, e nĂŁo bĂȘnção.
13 E disse-lhe sua mĂŁe: Meu filho, sobre mim seja a tua maldição; somente obedece Ă  minha voz, e vai, traze-mos.
14 E foi, e tomou-os, e trouxe-os a sua mĂŁe; e sua mĂŁe fez um guisado saboroso, como seu pai gostava.
15 Depois tomou Rebeca os vestidos de gala de EsaĂș, seu filho mais velho, que tinha consigo em casa, e vestiu a JacĂł, seu filho menor;
16 E com as peles dos cabritos cobriu as suas mĂŁos e a lisura do seu pescoço;
17 E deu o guisado saboroso e o pĂŁo que tinha preparado, na mĂŁo de JacĂł seu filho.
18 E foi ele a seu pai, e disse: Meu pai! E ele disse: Eis-me aqui; quem Ă©s tu, meu filho?
19 E JacĂł disse a seu pai: Eu sou EsaĂș, teu primogĂȘnito; tenho feito como me disseste; levanta-te agora, assenta-te e come da minha caça, para que a tua alma me abençoe.
20 EntĂŁo disse Isaque a seu filho: Como Ă© isto, que tĂŁo cedo a achaste, filho meu? E ele disse: Porque o Senhor teu Deus a mandou ao meu encontro.
21 E disse Isaque a JacĂł: Chega-te agora, para que te apalpe, meu filho, se Ă©s meu filho EsaĂș mesmo, ou nĂŁo.
22 EntĂŁo se chegou JacĂł a Isaque seu pai, que o apalpou, e disse: A voz Ă© a voz de JacĂł, porĂ©m as mĂŁos sĂŁo as mĂŁos de EsaĂș.
23 E nĂŁo o conheceu, porquanto as suas mĂŁos estavam cabeludas, como as mĂŁos de EsaĂș seu irmĂŁo; e abençoou-o.
24 E disse: És tu meu filho EsaĂș mesmo? E ele disse: Eu sou.
25 EntĂŁo disse: Faze chegar isso perto de mim, para que coma da caça de meu filho; para que a minha alma te abençoe. E chegou-lhe, e comeu; trouxe-lhe tambĂ©m vinho, e bebeu.
26 E disse-lhe Isaque seu pai: Ora chega-te, e beija-me, filho meu.
27 E chegou-se, e beijou-o; entĂŁo sentindo o cheiro das suas vestes, abençoou-o, e disse: Eis que o cheiro do meu filho Ă© como o cheiro do campo, que o Senhor abençoou;
28 Assim, pois, te dĂȘ Deus do orvalho dos cĂ©us, e das gorduras da terra, e abundĂąncia de trigo e de mosto.
29 Sirvam-te povos, e naçÔes se encurvem a ti; sĂȘ senhor de teus irmĂŁos, e os filhos da tua mĂŁe se encurvem a ti; malditos sejam os que te amaldiçoarem, e benditos sejam os que te abençoarem.
30 E aconteceu que, acabando Isaque de abençoar a JacĂł, apenas JacĂł acabava de sair da presença de Isaque seu pai, veio EsaĂș, seu irmĂŁo, da sua caça;
31 E fez tambĂ©m ele um guisado saboroso, e trouxe-o a seu pai; e disse a seu pai: Levanta-te, meu pai, e come da caça de teu filho, para que me abençoe a tua alma.
32 E disse-lhe Isaque seu pai: Quem Ă©s tu? E ele disse: Eu sou teu filho, o teu primogĂȘnito EsaĂș.
33 EntĂŁo estremeceu Isaque de um estremecimento muito grande, e disse: Quem, pois, Ă© aquele que apanhou a caça, e ma trouxe? E comi de tudo, antes que tu viesses, e abençoei-o, e ele serĂĄ bendito.
34 EsaĂș, ouvindo as palavras de seu pai, bradou com grande e mui amargo brado, e disse a seu pai: Abençoa-me tambĂ©m a mim, meu pai.
35 E ele disse: Veio teu irmĂŁo com sutileza, e tomou a tua bĂȘnção.
36 EntĂŁo disse ele: NĂŁo Ă© o seu nome justamente JacĂł, tanto que jĂĄ duas vezes me enganou? A minha primogenitura me tomou, e eis que agora me tomou a minha bĂȘnção. E perguntou: NĂŁo reservaste, pois, para mim nenhuma bĂȘnção?
37 EntĂŁo respondeu Isaque a EsaĂș dizendo: Eis que o tenho posto por senhor sobre ti, e todos os seus irmĂŁos lhe tenho dado por servos; e de trigo e de mosto o tenho fortalecido; que te farei, pois, agora, meu filho?
38 E disse EsaĂș a seu pai: Tens uma sĂł bĂȘnção, meu pai? Abençoa-me tambĂ©m a mim, meu pai. E levantou EsaĂș a sua voz, e chorou.
39 EntĂŁo respondeu Isaque, seu pai, e disse-lhe: Eis que a tua habitação serĂĄ nas gorduras da terra e no orvalho dos altos cĂ©us.
40 E pela tua espada viverĂĄs, e ao teu irmĂŁo servirĂĄs. AcontecerĂĄ, porĂ©m, que quando te assenhoreares, entĂŁo sacudirĂĄs o seu jugo do teu pescoço.
41 E EsaĂș odiou a JacĂł por causa daquela bĂȘnção, com que seu pai o tinha abençoado; e EsaĂș disse no seu coração: Chegar-se-ĂŁo os dias de luto de meu pai; e matarei a JacĂł meu irmĂŁo.
42 E foram denunciadas a Rebeca estas palavras de EsaĂș, seu filho mais velho; e ela mandou chamar a JacĂł, seu filho menor, e disse-lhe: Eis que EsaĂș teu irmĂŁo se consola a teu respeito, propondo matar-te.
43 Agora, pois, meu filho, ouve a minha voz, e levanta-te; acolhe-te a LabĂŁo meu irmĂŁo, em HarĂŁ,
44 E mora com ele alguns dias, atĂ© que passe o furor de teu irmĂŁo;
45 AtĂ© que se desvie de ti a ira de teu irmĂŁo, e se esqueça do que lhe fizeste; entĂŁo mandarei trazer-te de lĂĄ; por que seria eu desfilhada tambĂ©m de vĂłs ambos num mesmo dia?
46 E disse Rebeca a Isaque: Enfadada estou da minha vida, por causa das filhas de Hete; se JacĂł tomar mulher das filhas de Hete, como estas sĂŁo, das filhas desta terra, para que me servirĂĄ a vida?

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